A ONG ORQUESTRANDO A VIDA encerra, no próximo domingo (22), sua série de Grandes Concertos de Gala, que realiza desde o último mês de junho, no Teatro Municipal Trianon. Pensados com o intuito de arrecadar verbas para financiar a ida da Orquestra Sinfônica Jovem Mariuccia Iacovino à Bolívia, onde participa do “VIII Festival Del Sol”, os concertos já trouxeram a Campos os cantores líricos Neti Szpilman e Maxi Wilson, do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, e o grupo de gaita-de-fole do Centro Educacional Vieira Brum, de São Gonçalo, e se encerram, agora, com a participação da Orquestra Brasileira de Harpas.
Regidos pelo maestro Luiz Maurício Carneiro, os músicos sobem ao palco do Trianon às 16h. Os ingressos, que custam R$ 10, podem ser adquiridos na bilheteria do teatro. Os Grandes Concertos de Gala contam com o apoio cultural do CENTRO CULTURA MUSICAL, do Trianon, da UENF e do Pálace Hotel.
OS CONVIDADOS
A Orquestra Brasileira de Harpas propõe um tratamento rítmico à harpas, aliado aos mais autênticos instrumentos de percussão nacional, como o berimbau, reconhecido por pesquisadores como exemplo de harpa primitiva. O resultado deste trabalho vem sendo aplaudido nacional e internacionalmente, através de congressos na Europa, Estados Unidos e América Latina. A orquestra vem apresentando programas diversificados, como o “Conserto de Natal”, realizado na Igreja da Candelária, a convite do jornal O Globo. O alto nível artístico da orquestra, aliado à originalidade de seu trabalho – sete harpas solistas interagindo com os sopros e a percussão – oferece aos espectadores sonoridade ímpar e uma vasta gama de efeitos rítmicos inusitados.
O MAESTRO
Natural de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, é bacharel em Piano pelo Conservatório Brasileiro de Música/RJ, na classe da professora Edna Solon Frantz, estudou violino com Édson Queiroz de Andrade e regência com Ricardo Rocha, no Brasil, e Guillermo Scarabino, na Argentina.
Em 1997, integrou a Orquestra Sinfônica Ibero-Americana por ocasião da “VII Cumbre Iberoamericana de Jefes de Estado y Gobierno”, participando de diversos concertos na Venezuela, para onde retornou em fevereiro de 1998, com a finalidade de se aprofundar na implantação e desenvolvimento do “Sistema de Orquestras Infantis e Juvenis da Venezuela”, bem como, suas bases filosóficas, pedagógicas e práticas.
Atualmente, divide suas atividades profissionais como diretor artístico e pedagógico das orquestras ligadas à Academia de Orquestras e Coros Sinfônicos de Campos, primeiro núcleo brasileiro representante do “Sistema de Orquestras Infantis e Juvenis da Venezuela”, regendo a Orquestra Sinfônica Jovem Mariuccia Iacovino, com a qual esteve se apresentando em teatros como: Theatro Municipal do Rio de Janeiro, VivoRio e Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro; Via Funchal, em São Paulo; Salon Dorado e Teatro Colon, na Argentina; dentre outras. Dirigiu artisticamente os “Festivais de Música de Inverno”, em Campos, e a Camerata Petrobrás.
O FESTIVAL DEL SOL
Criado pelo maestro Fredy Céspedes, o “Festival Del Sol” chega, em 2010, à sua oitava edição. Promovido pela Escola de Artes Municipal de El Alto e Orquestra Sinfônica Municipal de El Alto, das quais Céspedes é, respectivamente, professor e diretor, o evento tem apoio do Governo Municipal de El Alto e da Embaixada do Brasil na Bolívia. Divididas entre a capital, La Paz, e a sede, El Alto, o Festival apresenta atrações bolivianas e internacionais, das quais a Orquestra Sinfônica Jovem Mariuccia Iacovino faz parte.
Segundo Luis Maurício Carneiro, diretor artístico da ONG ORQUESTRANDO A VIDA, o repertório vem sendo selecionado e contempla artistas nacionais e internacionais.
– Estamos fechando os programas que serão apresentados. Algumas obras já estão escaladas. Tocaremos Tchaikovsky e Shostakovich, dentre os compositores de nível internacional. Com os brasileiros Camargo Guarnieri, Villa-Lobos e Lorenzo Fernandez, elencamos os representantes do movimento nacionalista. E, como não poderia deixar de ser, representando as diversas correntes da música popular brasileira, temos Tom Jobim, Pixinguinha e Baden Powell – garante Luis Maurício, que afirma querer exibir duas faces na performance da Orquestra. – Queremos mostrar um lado da seriedade e da paixão evidenciados na música de concerto e outro lado, o da leveza e da brasilidade, com características típicas do repertório da MPB, como é o caso da performance de Berimbau, que puxará os músicos para uma roda capoeira em pleno palco.
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