O desejo de ajudar ao próximo e oferecer um futuro melhor para crianças carentes une não apenas músicos e professores campistas. E uma prova de que solidariedade não tem fronteiras e que boa vontade torna grandes distâncias um mero detalhe é a dedicação dos professores paulistas Angelino Bozzini e Diocles Silva, o Feijão, aos alunos da ONG ORQUESTRANDO A VIDA (ORAVI), do CENTRO CULTURA MUSICAL (CCMC). Segundo eles, as muitas horas em um ônibus para ir e para voltar são plenamente recompensadas.
DAR E RECEBER
Nascido em São Paulo, capital, o professor de trompa Angelino Bozzini, de 53 anos, atuou, entre outras, nas Orquestras Sinfônicas Jovem e Municipal de São Paulo, na Orquestra Sinfônica daquele estado e na Orquestra Sinfônica de Guarulhos. Na Alemanha, integrou a Landastheater Orchester e a Akademie Orchester. Foi parte do sexteto de trompas Grupo Álamo, esteve nos projetos Pró-Bandas, da Funarte, e no Guri. Recebeu convite para integrar o corpo docente da ORAVI há cinco anos. Angelino vê no trabalho não apenas formação profissional, mas, também, preparação para a vida.
— Acredito que o trabalho desenvolvido pela ORAVI tem uma dimensão muitas vezes maior do que aquela que salta à vista em um primeiro momento. Além da educação e formação musical de alto nível, há a influência decisiva no processo de socialização de cada aluno, bem como na formação de sua personalidade — diz, acrescentando: — Um aluno que passa pelo sistema da ONG torna-se, além de um músico muito bem preparado, um cidadão íntegro e uma pessoa conectada com a vida e com perspectivas de desenvolvimento pessoal, muito além do estado de carência em que lá ingressaram.
Já Diocles, de 49 anos, é natural de Alumínio, também em São Paulo, e dá aulas de contrabaixo aos alunos campistas. Tocado junto de grupos como as Bandas Sinfônicas de Cubatão e Tatuí, a Camerata Jovem de São Paulo, a Jazz Sinfônica e Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto. Atualmente, trabalha com a Cia. Minaz. Há três anos na ORAVI, Feijão compartilha da visão do companheiro.
— Vejo um trabalho de alto nível da diretoria e dos professores na formação de músicos e cidadãos. É gratificante fazer parte disso, porque a ONG vem desenvolvendo um projeto único e diferenciado na formação dos alunos. É aqui que colho os resultados do ensino musical e há sempre uma troca de informação entre professor e alunos. Não tem preço, ver essas crianças tendo acesso a um excelente trabalho!
Dessa vez, é Angelino quem faz eco.
— De fato, é extremamente gratificante. Se fosse estivesse no meio da Selva Amazônica, eu iria com o mesmo prazer! Existem momentos em que me pergunto quem ajuda quem. O meio da música profissional anda muito contaminado pelas idéias nocivas do neoliberalismo. Produtividade, produto vendável, evidência no mercado e conceitos afins têm sido os norteadores da atividade artística no momento. Trabalhar com os alunos da ONG me coloca novamente em contato o a essência da música e com o verdadeiro sentido artístico e humano de nossa atividade. É uma troca muito frutífera!
DAR E RECEBER
Nascido em São Paulo, capital, o professor de trompa Angelino Bozzini, de 53 anos, atuou, entre outras, nas Orquestras Sinfônicas Jovem e Municipal de São Paulo, na Orquestra Sinfônica daquele estado e na Orquestra Sinfônica de Guarulhos. Na Alemanha, integrou a Landastheater Orchester e a Akademie Orchester. Foi parte do sexteto de trompas Grupo Álamo, esteve nos projetos Pró-Bandas, da Funarte, e no Guri. Recebeu convite para integrar o corpo docente da ORAVI há cinco anos. Angelino vê no trabalho não apenas formação profissional, mas, também, preparação para a vida.
— Acredito que o trabalho desenvolvido pela ORAVI tem uma dimensão muitas vezes maior do que aquela que salta à vista em um primeiro momento. Além da educação e formação musical de alto nível, há a influência decisiva no processo de socialização de cada aluno, bem como na formação de sua personalidade — diz, acrescentando: — Um aluno que passa pelo sistema da ONG torna-se, além de um músico muito bem preparado, um cidadão íntegro e uma pessoa conectada com a vida e com perspectivas de desenvolvimento pessoal, muito além do estado de carência em que lá ingressaram.
Já Diocles, de 49 anos, é natural de Alumínio, também em São Paulo, e dá aulas de contrabaixo aos alunos campistas. Tocado junto de grupos como as Bandas Sinfônicas de Cubatão e Tatuí, a Camerata Jovem de São Paulo, a Jazz Sinfônica e Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto. Atualmente, trabalha com a Cia. Minaz. Há três anos na ORAVI, Feijão compartilha da visão do companheiro.
— Vejo um trabalho de alto nível da diretoria e dos professores na formação de músicos e cidadãos. É gratificante fazer parte disso, porque a ONG vem desenvolvendo um projeto único e diferenciado na formação dos alunos. É aqui que colho os resultados do ensino musical e há sempre uma troca de informação entre professor e alunos. Não tem preço, ver essas crianças tendo acesso a um excelente trabalho!
Dessa vez, é Angelino quem faz eco.
— De fato, é extremamente gratificante. Se fosse estivesse no meio da Selva Amazônica, eu iria com o mesmo prazer! Existem momentos em que me pergunto quem ajuda quem. O meio da música profissional anda muito contaminado pelas idéias nocivas do neoliberalismo. Produtividade, produto vendável, evidência no mercado e conceitos afins têm sido os norteadores da atividade artística no momento. Trabalhar com os alunos da ONG me coloca novamente em contato o a essência da música e com o verdadeiro sentido artístico e humano de nossa atividade. É uma troca muito frutífera!
Um comentário:
feijão é um professor que sempre pega no nosso pé, mas agradeço muito a ele, pelas tão loucas maneiras de se fazer a escala de fá e outras escalas também ! :D e pra sempre, contrabaixo ♫ <3
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