quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Concerto na Santa Casa de Misericórdia

Os jovens da ONG ORQUESTRANDO A VIDA (ORAVI), do CENTRO CULTURA MUSICAL (CCMC), arregaçam as mangas e se preparam para mostrar o que aprenderam no “Seminário Internacional Brasil-Venezuela”, cuja culminância acontece hoje (27), às 19h30, na Santa Casa de Misericórdia. O concerto congregara os alunos da Orquestra Escola A, da Orquestra Infanto-juvenil e da Orquestra Jovem Professora Mariuccia Iacovino.

Na batuta, o violoncelista e maestro venezuelano Roberto Zambrano comanda as orquestras Escola e Infanto-juvenil. Já a Jovem, será regida pelo trompetista e também maestro Alfredo D’Addona. Junto do violinista Francisco Díaz e do oboísta Marco Tarazona, Zambrano e D’Addona formam a primeira das duas missões do Sistema Nacional de Orquestas Juveniles e Infantiles de Venezuela (Fesnojiv) a ministrarem aula aos alunos, monitores e professores campistas durante o seminário.

O repertório inclui “Abertura de William Tell”, de G. Rossini, “ Abertura cigana”, de M. Isaac, “Finale da sinfonia 4” e “Marcha eslava”, de Tchaikovsky, e “Danzon n. 2”, de A. Marquez.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

A Venezuela é aqui

“Estamos diante, certamente, do maior núcleo do Fesnojiv fora da Venezuela”, afirmou o violoncelista Roberto Zambrano, em referência ao trabalho desenvolvido pela ONG ORQUESTRANDO A VIDA, em Campos dos Goytacazes, completando: “Me sinto como se estivesse na Venezuela, só que falando português”. A mesma impressão teve o oboísta Marco Tarazona, o violinista Francisco Díaz e o trompetista e maestro Alfredo D’Addona, que, junto de Zambrano, compõe a missão do Fesnojiv — Sistema Nacional de Orquestas Juveniles e Infantiles de Venezuela — que abriu o “Seminário Internacional Brasil-Venezuela”, trabalhando junto às orquestras.

D’Addona, que é membro fundador do Fesnojiv, diretor geral do projeto no estado de Lara, na Venezuela, maestro da Orquestra Juvenil de Barquecimeto, capital do estado, e trompetista da Orquestra Sinfônica de Lara, tem uma palavra para descrever o que viu, “surpresa”.

— Ao chegar a Campos, conseguir ver o quanto o trabalho cresceu nesses oito anos desde minha última vinda. É, de fato, como se fosse um núcleo venezuelano. Não é só música. O projeto ajuda crianças a vencerem problemas como as drogas, o crime e a prostituição, coisas que, dentro “del Sistema”, se evita. É isso que vimos aqui.

Professor da Escola Latino Americana de Violino, Díaz ressaltou a fidelidade às técnicas desenvolvidas pelos professores do Fesnojiv e a facilidade do trabalho que desenvolveu, durante a semana, junto aos alunos.

— As técnicas utilizadas aqui são exatamente as mesmas praticadas por alunos “del Sistema”. Porém, o trabalho desenvolvido em Campos não apenas se parece com um núcleo venezuelano na forma, mas agrega algo de bem brasileiro. Não tivemos qualquer dificuldade em relação a horário ou disposição. As crianças estavam empenhadas, havia entendimento. Há um trabalho em equipe, onde as crianças querem mais. No qual a Orquestra Jovem Professora Mariuccia Iacovino deseja atingir um nível em que possa tocar qualquer obra — afirma o professor, completando. — Estou muito contente de estar aqui, compartilhando o sorriso de crianças muito humildes, que vêem no instrumento o caminho para sua felicidade e crescimento.

Por fim, Tarazona destaca a capacidade dos alunos e da própria ONG.
— O projeto campista tem todas as características e objetivos do projeto venezuelano. Acredito que os garotos do Brasil são artistas por natureza própria. Na América do Sul, é onde se vê maior potencial, interesse e futuro.

SEGUNDA ETAPA

Parte da segunda missão a participar “Seminário Internacional Brasil-Venezuela”, que se dedica ao trabalho com os coros da ORQUESTRANDO A VIDA, Lourdes Sanchéz, que é diretora do sistema nacional de coros do Fesnojiv e regente do Coro Metropolitano e do Coro Sinfônico Nacional da Venezuela fala sobre as regras que regem o projeto lá e aqui.

— Se me nutro intelectualmente, se leio, toco, eu cresço enquanto pessoa. Essa é a filosofia do Fesnojiv e de seus núcleos, incluindo o de Campos, que é um programa sério. Há uma estrutura e não tem improvisação. É benefício para toda a comunidade, pois, se ajuda uma criança, ajuda a toda a família. Quando uma criança entra no projeto, toda a família se envolve. Une-se, assiste e apóia. A criança melhora sua auto-estima, sua confiança e se sente mais feliz.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Maestro Roberto Zambrano fala sobre o "Seminário Internacional Brasil-Venezuela"



Chegou nesta terça-feira (19), em Campos, a primeira delegação venezuelana do Sistema Nacional de Orquestas Juveniles e Infantiles de Venezuela (FESNOJIV). Composto pelo oboísta Marco Tarazona, pelo violinista Francisco Díaz, pelo violoncelista e maestro Roberto Zambrano e pelo trompetista Alfredo D’Addona, o grupo ministra a primeira etapa do “Seminário Internacional Brasil-Venezuela”, que, sediado pelo CENTRO CULTURA MUSICAL DE CAMPOS (CCMC) e a ONG ORQUESTRANDO A VIDA, segue até o próximo dia 25.

De acordo com Zambrano, a função do seminário é “fortalecer toda a estrutura da instituição”.

– Pretendemos, por exemplo, capacitar os monitores, uma vez que criar multiplicadores é fundamental. Queremos alcançar, também, os professores, a fim de desenvolver as cordas, a percussão, os metais e as madeira, dando-os ferramentas mais sólidas e uma base cada vez mais firme a partir da qual trabalhar – diz Zambrano, que destaca a necessidade de se trabalhar, também, o aspecto gerencial do projeto social, que se baseia naquele criado pelo FESNOJIV.

O maestro ressalta, ainda, a necessidade de substituição constante do repertório.

– É importante que haja uma renovação periódica do repertório, talvez a cada três messes. Trazer novas peças mantém os alunos em aprendizado constante, uma vez que, assim, se exige o desenvolvimento de técnicas distintas.

Sobre a forma de ensino que será utilizada, Zambrano afirmou que o grupo preza pela troca e fluidez.

– O processo deve prezar pela criatividade do professor, deve ser holístico, não uma camisa de força. Será um trabalho coletivo, do qual todos participam, com perguntas e repostas. Isso é platônico.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Começa na próxima terça-feira o "Seminário Internacional Brasil-Venezuela"

Começa na próxima terça-feira a primeira etapa do “Seminário Internacional Brasil-Venezuela”, que contará com as presenças de professores do celebrado Sistema Nacional de Orquestas Juveniles e Infantiles de Venezuela (FESNOJIV). A primeira delegação, que permanece em Campos até o dia 25 e se focará na atuação das orquestras, é composta pelo oboísta Marco Tarazona, pelo violinista Francisco Díaz, pelo violoncelo Roberto Zambrano e pelo trompetista Alfredo D’Addona. No dia 24, chega a segunda delegação, que trabalhará com os corais. Fazem parte dela as cantoras líricas Morgot Pares, que é responsável pela preparação dos cantores da Escola de Canto de Caracas, e Lourdes Sanches, coordenadora nacional de coros da Venezuela e regente do Coro Metropolitano e do Coro Sinfônico Nacional da Venezuela.

Durante o seminário, os cinco proporão trabalhos individuais e em grupo, buscando aprimorar a técnica e a prática das orquestras e coros. Encerrando sua participação internacional, acontecerão dois concertos. O primeiro — com alunos da Orquestra Infantil, Orquestra Infanto-juvenil e Orquestra Infantil, a Orquestra Infanto-juvenil e da Orquestra Jovem Professora Mariuccia Iacovino —, acontece dia 27, às 20h, no auditório da Santa Casa de Misericórdia e será regido por D’Addona. Já o segundo, ocorre dia 29, às 19h30, no mesmo local, com os alunos dos os Coros Infantil e Juvenil, sob regência de Sanches. Ao todo cerca de 300 alunos participarão das aulas.

De acordo com o diretor geral do CENTRO CULTURA MUSICAL DE CAMPOS (CCMC) e da ONG ORQUESTRANDO A VIDA (ORAVI), a FESNOJIV vem, através dessa visita, que honra acordo de auxílio mútuo entre as instituições, oferecer grandes possibilidades aos jovens músicos campistas e possibilitar o segundo estágio de uma experiência já iniciada.

— Temos uma segunda grande oportunidade. A primeira foi de visitá-los em duas ocasiões este ano, durante debates que reuniram músicos de diversos países da América Latina, a fim de discutir a música que se faz nessa parte do mundo. Agora, recebemo-los em um evento que proporcionará experiência ímpar aos nossos alunos, uma troca que, além de benéfica do ponto de vista dos estudos, os aproxima de uma visão de mundo maior e da vivência de um projeto que ganhou o mundo, que é o Sistema.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Coros se apresentam no Centro Cultural Garotinho

Regido pelo maestro Jardel Maia, o Coro Juvenil, uma das células que compõe a Academia Central de Coros do CENTRO CULTURA MUSICAL DE CAMPOS (CCMC), se apresenta na próxima quarta-feira (13), às 19h30, no Centro Cultural Garotinho. Na mesma ocasião, dez alunos de canto coral, uma matéria que consta da grade de todos os cursos do CCMC, executarão performances variadas.

De acordo com o diretor geral do CCMC e da ONG ORQUESTRANDO A VIDA (ORAVI), o maestro Jony Willian, a Academia é uma grande conquista da instituição.

— Essa sempre foi uma de nossas metas. Através da Academia, 40 jovens e 50 crianças estudam durante quatro horas por dia, cinco dias pó semana, disciplinas como canto, linguagem musical, repertório coral, laboratório de expressão corporal e canto coral. O objetivo principal deste segmento é capacitar jovens para serem cantores, preparadores vocais e maestros corais. A metodologia, como na maior parte das ações do CCMC e da ORAVI, é inspirada nos moldes venezuelanos, trabalhados através de treinamento em Caracas e da vinda de professores venezuelanos para nosso projeto — diz Jony, que agradece a cessão do espaço. — Gostaria de agradecer ao Centro Cultural Garotinho por abrir suas portas ao CCMC e à ORAVI e permitir que desempenhemos lá parte importante de nosso trabalho.

OUTROS TRABALHOS

Além da apresentação no Centro Cultural Garotinho, acontece, entre os próximos dias 15 e 27, no Auditório Nelly Albernaz, na sede do CCMC, o projeto infantil Do-Re-Mi Fazendo Música, para crianças entre 2 e 10 anos de idade, com oficinas de música e apresentações.

Entre os dias 16 e 25 próximos, acontece a primeira etapa do Seminário Internacional Brasil x Venezuela, que contemplará as orquestras. Já entre 25 e 28, ocorre a segunda etapa do evento, com foco nos coros.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Música de câmara no CCMC

Acontece na próxima sexta-feira (8), às 20h, no auditório Nelly Albernaz, na sede do CENTRO CULTURA MUSICAL DE CAMPOS (CCMC), apresentação de música de câmara. As performances, que serão executadas por alunos da Orquestra Jovem Professora Mariuccia Iacovino, incluirão peças para violino, viola, violoncelo, contrabaixo, clarineta, flauta, oboé, trompa, trombone, trompete e percussão, sempre acompanhados do piano.

Na mesma ocasião, se apresenta o grupo de metais da ONG ORQUESTRANDO A VIDA (ORAVI), sob regência de Eduardo Lourenço, maestro e professor de trombone da instituição. A direção do evento é do maestro Luiz Maurício Carneiro e a entrada é gratuita.

O CCMC é situado à Rua Alberto Torres, número 223, no Centro de Campos. Mais informações podem ser adquiridas através do telefone (22) 2723-3816.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Duas missões da Venezuela em Campos

O CENTRO CULTURA MUSICAL DE CAMPOS (CCMC) e a ONG ORQUESTRANDO A VIDA (ORAVI) receberão em outubro duas delegações de professores venezuelanos, que, honrando o convênio de auxílio mútuo firmado com o Sistema Nacional de Orquestas Juveniles e Infantiles de Venezuela (FESNOJIV), virão ao Brasil ministrar oficinas e cursos tanto para professores quanto para alunos de ambas as instituições. A primeira delegação, constituída de quatro membros, que se focarão na atuação das orquestras, chega no próximo dia 16. Um dia antes de sua partida, que acontecerá no dia 25, chega a segunda delegação. Formada por três professores, ela permanecerá em Campos até o dia 30, e trabalhará junto aos coros. Encerrando a participação internacional, acontecerão dois concertos.

GRANDES NOMES

Integrando a segunda delegação – que vem em nome não apenas da FESNOJIV, mas, também, do Conservatório Andino de Fomento (CAF) e da Escola Cantorium de Caracas –, estão a cantora lírica Morgot Pares, que é responsável pela preparação dos cantores da Escola de Canto de Caracas, e Lourdes Sanches, coordenadora nacional de coros da Venezuela e regente do Coro Metropolitano e do Coro Sinfônico Nacional da Venezuela. Elas trabalharão com cerca de 120 jovens, que foram os Coros Infantil e Juvenil. Lourdes regerá, ainda, o concerto de encerramento, que acontecerá dia 29, no auditório da Santa Casa de Misericórdia, às 19h30. Na ocasião, será mostrada ao público a prática de todo o conteúdo trabalhado nas oficinas teóricas e práticas.

Dirigida por Valdemar Rodriguez, coordenador da FESNOJIV, a primeira delegação ainda terá seus nomes revelados, mas será composta por um professor de violino e maestro, um professor de violoncelo, um professor de trompete e maestro, que trabalhará ainda os metais, e um professor de oboé, que tratará também das madeiras. Os quatro ministrarão cursos para os 180 jovens que compõem a Orquestra Infantil, a Orquestra Infanto-juvenil e a Orquestra Jovem Professora Mariuccia Iacovino. O concerto de encerramento acontece no dia 24, em local e hora ainda a serem definidos.

Ambas as delegações percorrem a América Latina, visitando núcleos que possuem laços com a FESNOJIV. No Brasil, entretanto, a única instituição a receber a missão, e a ostentar um acordo com o Sistema Venezuelano, é a ORAVI.

A ONG

Atendendo a 1.180 crianças, divididas em 23 corais, cinco orquestras sinfônicas e duas bandas sinfônicas, a ORAVI é uma associação civil sem fins lucrativos, fundada em 2004, a partir de convênio com a FESNOJIV, firmado em 1996, quando Campos dos Goytacaz recebeu a primeira visita de uma delegação de professores e maestros venezuelanos que tinham, então, como missão divulgar no Brasil os moldes educacionais do Sistema de Orquestras Juvenis e Infantis. Fruto desse contato pioneiro, a Orquestra Jovem Mariuccia Iacovino, que integra hoje a Academia de Orquestras e Coros Sinfônicos de Campos, foi criada em março de 1998.

Mantida pelo CCMC, através da ONG Orquestrando a Vida, a orquestra é uma iniciativa inédita não só no Estado do Rio de Janeiro, mas no Brasil e na América do Sul, sendo a primeira orquestra a fazer parte do projeto “Ação social pela música”, idealizado pelo maestro David Machado.

Dessa forma, esse esforço – que garante, hoje, a participação de representantes em cursos e eventos na Alemanha, Venezuela e Estados Unidos e a uma grande apresentação no “VIII Festival del Sol”, na Bolívia – ganhou a deferência de instituições de respeito como a Produtora Dell’Arte, à cuja frente se encontra Myrian Dauelsberg, a Eletrobras e a LLX, companhia de logística fundada pelo empresário Eike Batista.